ENTREVISTA - PROFESSOR PAULO RAMOS MACHADO data – 30/03/05
Introdução Esta narrativa é baseada na conversa que aconteceu na residência do professor Paulo Ramos Machado em São Paulo, na manhã do dia 30 de março de 2005. O professor Paulo é um dos fundadores da escola e teve importante atuação como secretário e professor, além de contribuir muito para manter a qualidade da escola em todos os aspectos.
Início do trabalho na escola O professor Paulo Ramos Machado foi chamado no final de 1959, pelos professores Ítalo Bianchi (italiano, seu pai era arquiteto) e Álvaro Landerset Simões (de nacionalidade portuguesa), fundadores do iadê, instituto de arte e decoração, para secretariar o grupo. O edifício da rua Martinho Prado, 191 já havia sido alugado para a instalação da escola.
Cursos Técnicos Os três fundadores tentaram aprovar junto ao MEC, em 1960, o curso denominado Arquitetura de Interiores. O ministério não aprovou, por não ser um curso superior e também por ter o nome, de acordo com o MEC, conflitante com os cursos superiores de arquitetura. Foram então estruturados os cursos de colégio técnico de segundo grau, chamados: Curso Técnico de Desenho de Comunicação e Curso Técnico de Administração de Empresas e também o curso livre de Decoração.
Design A identidade visual do colégio iadê foi projetada e desenvolvida pelo professor Ítalo Bianchi, com colaboração do professor Álvaro Landerset Simões. Os móveis da escola: mesas de desenho técnico, mesas de desenho, cadeiras, mesas de estudos, mesas das salas de aulas teóricas, todos os móveis foram criados por Ítalo Bianchi com a colaboração de Álvaro Landerset Simões e executados pela marcenaria de Pablo Brioñes.
Aulas No ano de 1964, o professor Paulo Ramos Machado substituiu o professor Ítalo Bianchi e começou a ministrar aulas de História da Arte, além de secretariar o iadê. Continuou com as aulas até o ano de 1971.
Novas instalações na Av. Paulista Em 1965, foi alugado o espaço no edifício da avenida Paulista, 2644 – esquina com a avenida Angélica – quatro andares do prédio, do 9º ao 12º. O iadê tinha professores de alto nível, muitos com mestrado e doutorado, profissionais liberais, artistas plásticos, fotógrafos, jornalistas, arquitetos. Todos direcionados por uma filosofia de trabalho, organização cultural e profissional profunda, transmitidas aos alunos com responsabilidade, trabalho, diálogo e qualidade. O curso de cinema contou com aulas de Jean Claude Bernardet. Ruy e Ricardo Ohtake foram professores, Sergio Ferro, Laonte Klawa, Marcelo Nitsche, J J de Moraes, Guto Lacaz e muitos outros excelentes profissionais e professores. O iadê chegou a ter mais de mil alunos por volta de 1967 e 1968. O professor Ítalo Bianchi saiu do iadê no dia 5/12/1967, mudou para o nordeste, Recife – PE, onde abriu uma empresa de publicidade e propaganda. Foi substituído na direção da escola, pelo professor Emílio Fernandez Cano. Os cursos eram bem conceituados e reconhecidos por sua alta qualidade e sucesso na formação de pessoas mais bem preparadas.
Saída do iadê O professor Paulo Ramos Machado permaneceu na escola até 1971, substituído por Maria Izabel de Souza Franco na secretaria do grupo. Neste ano assumiu cargo de direção na Secretaria de Turismo, do governo Figueiredo Ferraz, onde trabalhou até 1973.
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