Incrível como o tempo apaga detalhes que parecem tão vivos. E também é incrível como lendo as páginas deste site, a memória vai sendo reativada aos poucos e as imagens vão se recompondo como num quebra cabeças.
Não me lembrava mais do professor Odair, por exemplo. Agora não só lembro de sua figura, como lembro de muitas aulas, das minhas inúmeras colegas e uns poucos caras, da sala cheia de janelas. Lembro até que ele adorava amarelo e azul.
Adorava a aula da Beth Brait com o livro "Criatividade" ou algo parecido. Nós tinhamos que sair escrevendo qualquer abobrinha sem parar como exercício de criatividade, lembram?
Nunca me esqueço um dia lá na quadra de vôlei, quando eu treinava saques e minha amiga Helô, sentada no outro canto, tomou uma bolada na cabeça que a deixou zonza, e como se não bastasse, acertei outra em seguida. Foi mal!
Tinha uma professora japonesa de desenho de comunicação que não me lembro o nome. Lembro de fazer módulos em papel triplex para construção de objetos, entre outras coisas.
Pena que eu era um cara muito rebelde, muito bicho grilo para aproveitar aquilo tudo, até porque meus pais fazim um sacrifício danado pra me sustentar lá no IADÊ. Tive até que deixar o curso no segundo ano e ser transferido para outra escola mais barata.
Mesmo assim, segui carreira na área de propaganda e editorial e posso afirmar que nesses quase 2 anos em que frequentei o IADÊ, aprendi os conceitos mais importantes, úteis e inesquecíveis para minha vida profissional.
Hoje, após passar por muitas agências de propaganda, editoras, e algumas indústrias como designer de embalagens, trabalho há 14 anos na área de TV e vídeo como videografista animador 2D e 3D. Atualmente na TV Cultura.
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| Paulo Eduardo Franchini Fontes |
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